sábado, 4 de junho de 2011

ÁRDUA ( wikcionario wik dicionario wiki etimologia otto )

O alfabeto vem, para as línguas vernáculas, as línguas faladas e
escritas atualmente, pela língua grega, pelo alfabeto grego,
evidentemente, pois a palavra alfabeto vem da junção das duas
primeiras letras ou signos da língua grega, do antigo grego. Porém
esta língua ainda é bastante desenhada, muito geométrica, muito voltada
para a beleza da escrita ou caligrafia; é o latim a língua alfabética,
que simplifica o grego antigo, por ser língua de um povo mais prático,
um povo de soldados, de guerreiros. Por isso, o latim é a língua
alfabética com o desenho atual, sem o rigorismo grego, que faz de sua
língua uma geometria, ou um desenho rigoroso próximo ao desenho
geométrico euclidiano.
A geometria de Euclides ( um homem ou um conjunto de homens sábios e
eruditos que concebeu a geometria ao longo do tempo e não na
respiração e lampejo genial de um só homem, de um mero e solitário
indivíduo, que concebeu um universo de pensamento em alguns lustros,
numa vida breve, que é a vida humana, de alma frágil, o que é pouco
verossímil, se é que há verossimilhança nisso, mormente pela forma que
os povos antigos tinham de atribuir aos seus heróis, intelectuais ou
não, façanhas que foram cumpridas em "doze trabalhos de Hércules", não
por um Hércules, que passa "romanticamente" e com enorme lastro de
"marketing" para a história, tornando a história mais legível e
atraente, através da estratégia que era então utilizada de forma
eficiente, efetiva. Provavelmente não houve um Euclides, porém muitos,
inúmeros Euclides ou seres humanos geniais elaborando a geometria por
séculos ou milênios, se se considerar os passos para trás da história,
para a pré-história que desconhecemos, apenas inferimos, porquanto a
inferência é uma espécie de imaginação do pensamento, uma alavanca que
alça a inteligência para o vôo necessário ou essencial ao
conhecimento, o que, não
obstante, leva a equívocos.
Essa visão da maneira com que os antigos apresentavam suas
personagens ou personalidades ( "personas" ou vozes com caras à
maneria do carnaval no teatro grego antigo, na tragédia mais
propriamente, que era a tragédia o rito mais importante, sendo a
comédia um ato menor ) historiais como se se tratasse de um
homem, de um indivíduo insulado, é válida não tão-somente para o
célebre Euclides, mas também para Aristóteles e outras figuras
proeminentes gregas cujos nomes, que não são de pessoas, mas de atos
que parecem perpetrados no tempo por uma série de inteligências de
escol, de elite, como era costume, hábito que não somente "vestia" os
gregos, mas também
os hebreus e, por certo, outros povos, se não há, e há, resquícios
desse costume nos escribas coevos, conquanto em outro contexto.
Se a geometria, originariamente, não desenhava a língua grega, parece,
no entanto, que com o tempo passa a desenhá-la ao gosto do conceito de
Euclides, o primeiro e, quiçá,
único ( dos inumeráveis Euclides, provavelmente) , "design" do mundo,
pois ele ( eles!) desenhou conceitos, que grafou também com axiomas
perfeitos, evidentes, necessários.
Não é possível que a geometria de Euclides (miríades de Euclides que
fizeram a personagem histórica de Euclides tomar forma humana, no
palco dos milênios ) não tenha desenhado ou influenciado no desenho
dos caracteres da língua a grega, durante o transcurso do tempo, no
qual a língua foi se modificando e a fama de Euclides
solidificando-se. Certamente Euclides fez os
primeiros gráficos em planos, os primeiros planos não-cartesianos,
obviamente, porque não havia nem o feto do avô de Descartes.
O desenho do latim mitiga a questão do "design" euclidiano; perde a
gravidade do traço ou do desenho grego, muito geométrico, axiomático e
formal, estritamente lógico, ou seja, a língua grega é uma perfeita
representante do homem grego da época, o homem histórico, metido no
fato historial, vestido de história, contextualizado e,
posteriormente, com o advento do latim, intercontextualizado sob uma
forma inovadora, sob uma inovação no desenho dos signos linguísticos,
que, curiosamente, embora sejam os mesmos sinais ou signos, são mais
flexíveis no latim, perdem o desenho rijo do grego bem desenho, em
caligrafia cuidadosa, esmerada.
Claro que a história pode ser inferida, a inferência é a "imaginação"
da razão, o olho da razão no furacão, se há furacão ou tufão no mar de
Poseidon.
O latim é quase, se não plenamente, um idioma escrito para todos
lerem, conquanto as declinações e outras filigranas intelectuais ainda
tornem sua sintaxe árdua, a ponto de não resistir a pressão da
história, que quer ser narrada ou pensada ontologicamente com
simplicidade,quer vende o "peixe" cristão e pagão.
Ler e escrever em grego e em latim são atos tão diversos quanto as
culturas que criaram ou inventaram ou elaboraram essas duas línguas
muito cultas, eruditas, que é o grego antigo e o latim morto ou
redivivo nas línguas filhas.
Aliás, as línguas oriundas do latim ( românicas ou românticas ou
línguas romances, as quais com o tempo amealhou conotações culturais)
têm um desenho ainda mais simplificado e mais próximo á fonética,
sendo,
portanto, muito mais alfabéticas também na escrita, o que o grego não
era muito, embora tenha sobrevivido inúmeras vozes ou vocábulos gregos
quase intactos graças à mediação do latim, que passou essas vozes para
o vernáculo; elas hoje vibram com seu timbre nas línguas vernaculares
( em vernáculo) ,
mesmos aquelas que não descendem diferentemente do latim e,
consequentemente, do grego, pois Roma passou essa língua, o latim, pelo
mundo a fio de espada.
O antigo grego dos filósofos e poetas trágicos que o fizeram tão
genial, culto e expressivo, em escrita quase nada tem de alfabético
para os nosso olhos modernos leitores; para esse grego ou aquele grego
antigo somos praticamente analfabetos, pois quase nada dele
compreendemos ou lemos quando a escrita se põe ante nossos olhos
leitores, então inócuos, porquanto não podem ler no grego escrito o
alfabeto, ou seja, as vogais e consoantes que ali estão desenhadas
consoante soam os vocábulos, ou vozes, que são quase as mesmas ou
mesmo as mesmas nas vogais, mas com significados e significantes
diferentes.
As letras ou signos linguísticos gregos maiúsculas, em sua maioria,
passaram para o latim sem sofrer alteração significativa. As letras
minúsculas é que afastam o alfabeto grego do latino e das línguas
românicas ou neolatinas. Elas parecem ser desenhadas na geometria
elegante e genial de Euclides, desenhos de puro conceito, formas,
ideias desenhadas, modeladas para a arte, as belas artes, as artes
plásticas e a caligrafia.
No latim, idioma quase coetâneo, pode se ler mais próximo ao vernáculo
e com certa proximidade do grego, conquanto já mais distante do que é
a distância do desenho do latim às línguas vernáculas e o grego
antigo, para cujo desenho somos analfabetos, incapazes de ler ou
escrever.
Do exposto pode se arguir que o idioma que escrevemos e
falamos vem do alfabeto latino e não grego, porque no grego não lemos
e os signos linguísticos, gráficos, não passaram nem ao latim, excepto
se se considerar modificações profundas nas letras gregas, ou do
alfabeto grego, que tem desenhos muito diferentes dos signos
linguísticos do latim, língua cujos signos passaram aos idiomas
vernáculos praticamente intacto, sem grande mutação.
O grego para nós, leitores e escritores do latim, não é alfabeto,
excepto nas duas primeiro as letras ou signos ( significantes)
linguísticos que nomeiam o tipo ou espécie de língua falada e escrita,
no caso, o alfabeto, ou a língua alfabética, cujo nome deriva ou é
derivado das duas primeiro as letras ou signos da língua grega, que os
desenha tal qual o latim as desenha posteriormente, com menos
formalidades geométricas, menos zelo na caligrafia ( outro costume
antigo viandante pelos povos, prática de longo pé no chão da Terra) ,
algo muito grego ou grega,
na letra zelosamente desenhada, ao sabor da geometria euclidiana,
fundamentada nos paralelogramos, de onde se originam polígonos e
círculos, dentre outros "signos" ( significantes) e símbolos (
significados?) matemáticos que, por sinal, muito tem de letra grega,
como sigma, ômega, delta, que é um triângulo,ou seja, uma demonstração
de figura geométrica clara, objetiva.

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