sábado, 25 de fevereiro de 2012

CONSPURCAR - verbete onomastico wikcionario wik dicionario verbete onomastico juridico cientifico filosofico enciclopedico etimologico terminologia


O amor é impossível
Tal qual o direito
só pode ser posto enquanto direito positivo
- em lei
no mundo
dos fatos
cantados-contados
nos dois racionais
ou duas razões :
uma que versa sobre a qualidade
- para palavra e conceito
que faz a filosofia ( ontologia, feonomenologia...)
e outra versátil sobre a quantidade
que faz contar-cantar a razão matemática
( que este é o universo
que nos chega
em fenômenos )

O amor só pode ser ( e inexistir )
sob leis pesadas
graves
- sob o teto da gravidade estelar de Newton
e na tocata e fuga em gravame magno de violoncelo
com violoncelista posto em contraponto desesperado!
- contrapondo-se
com toda a dor!
( a dor física e moral
com toda a força da vida
e da morte!
Ai! que o amor
é uma paixão sempre jovem!, juvenil
Velhos não amam
porquanto o amor não é paixão senil
- anciãs com cãs ( sem dançar cancan )
aguardam a morte piedosa
- essa outra hora dolorosa
com o rosário de Nossa Senhora das Dores do mundo
no coração dos homens
e das mulheres viúvas que sofrem tanto
que é um espanto!
- para além da paixão e do espanto
contido em toda a filosofia trágica grega
cantada na cantata da tragédia! )

O amor ou o direito
estão fora das relações sociais
alijados da existência
Não é objeto de sociologia
que é uma das linguagens
que assume a ciência protéica
( do deus proteus)
porque somente pode ser estudado
enquanto ente
ou objeto fenomênico
mas não enquanto ser
na ontologia
cujo objeto
é inexistente
assim como a teologia
que estuda o ser
que é um fenômeno
fora dos fenômenos naturais
- é mero fenômeno mental
ou fenomenologia desenhada em conceitos filosóficos
geométricos
no ser do triângulo
e outras figuras geométricas
ou no ser supremo
- sempre o inexistente ser
o sem-objecto real
não-fático
porque o ser
- não é objetivável
apenas subjetivável
( o fenômeno do ser
faz o ser do humano
no barro adâmico da fenomelogia
ou no processo fenomenológico
que estuda a ontologia
ou filosofia que adota o estudo do não-ser
ou não-objeto
que o ser e o não-ser
é o mesmo objeto do nada
- o nada mental
o único a existir-inexistindo )
O ser é um mistério
que intrigava o grego antigo
pois não está posto fora
no ente que aparece
porém oculto no ser-em-si
que não vem de cambulhada
impresso no fenômeno
mas somente é cuspido em frases
pelo pensamento
que o aliena assim
a cusparadas na escarradeira
( que o amor e o direito
na existência
é um estar fora da idealidade
- Já esteve dentro
da realidade?! )
a sujar-se nas relações
enxovalhar-se
conspurcar-se com o outro
torna-se impuro
como a água fora da química
entre os sais minerais
mesclada a sais
que a integram na relação com a terra
- a qual a leva em grandes levas
longes plagas do enunciado químico
- simplório enunciado na fórmula do H2O
o qual enuncia um ente mais próximo do ser químico
algo quase ou meio-imaginário ( algo centauro )
- mais próximo de uma realização mental
ao abstrair infindos enlaces inevitáveis
que de qualquer realidade comum
trivial
banal )

O amor como o direito
não é passível de realidade
nem realização
porquanto sua essência está na idealidade
Exime-se de relação

O amor
na sequência cantada da existência
perde a ideia
ao inflar a forma geométrica
num corpo de matéria
social e anatômica
- e atômica
antes de tudo
e de mais nada

Quando em essência
o amor excede à utopia
derrama o idílio
na água do rio
na mágoa do estio
- estival...
Entorna o ideal platônico
nos iluministas
nos neoplatônicos
nos enciclopedistas
em Marx...
pelos pelos pubianos dos poetas românticos
( de Cuba ou não )
- Jesus!...
em Jesus
na cruz
das crucíferas
anti-dolorosas plantas rastejantes
- ao rás do chão

Amor nem na Acácia
unha-de-gato ( "Acacia bonariensis")
nem em Cássia ( "Cinnamonum cassia" )
- calhandra
a qual calha
cantar
mas não amar
- o mar que de tanto amar
foi a mar..
oceano
nada pacífico
- nem onde nada o marlin
em mim
dentro de mim
- que sou marlin
e mar vermelho
escarlate oceano
aonde late
o meu coração carmesim
- assim latindo em latim
de marlin
não por mim...

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

TURBULÂNCIA - glossario dicionario wikcionario glossario etimo etimologia verbete o lexicografia terminologia cientifica nomenclatura jargão


A dança (arte cênica, flamenco, flamenca bailarina ) tem o escopo de demonstrar a saúde em plenitude, o que significa : sexo a ofertar em plenitude, tonicidade, beleza, capacidade de gerar prazer e prole, enfim, uma proeza corporal ( física e mental ) que denota vida, no mais alto escalão físico-químico-elétrico- magnético. A arte da dança ( arte cenográfica) tem por finalidade demonstrar a façanha de um herói ou heroína física e metafísica, consoante e sem consonância com a palavra num dos compiladores de Aristóteles, que moldou o vocábulo e o carregou de um sentido sem tradição originária no estagirita. As cantoras-dançarinas populares fazem bem esse ritmo saúde-vida-sexual-plena-ativa ao dançar freneticamente, de forma sensual, voluptuosas como uma serpente sinuosa ou um rio insinuando-se ou serpenteando pelos cânions ( "Grand Canyon", desfiladeiro ou canhão-fluvio-cársico ), rochosas montanhas, dos Apalaches aos montes-santos, às raninas, estepes... mar negro, Jônico, Mediterrâneo...
A dança ( russa em Stravinsky, flamenca na Espanha com castanholas! ), portanto, em seus modos, pode ser : cênica, erótica, ritual, cerimonial, histórica, religiosa, competitiva, esportiva, escocesa, dança latina, teatrais, irlandesa, jazz, lírica ( poesia), profética, social, etc., tendo, cada uma dessas, ou daqueles olvidados ( dados ao olvido em não-violino para ossos ( martelo ( não das bruxas!) bigorna e estribo : deus-não-ouve e põe no olvido à razão "preclara", no feminino-metafórico-alegórico ) , não-oboé para sopro de arcanjo nas narinas, ou para constituir-se em sistema olfativa : deus-cheira e não-houve pelo ar que aspira, mas sim pelo vento que sopra com a batida em ondas que se desenham no ar em dança senoidal ), seu objeto e arte ( Balé clássico, sapateado, dança acro.. afro e samba, bolero, tango, valsa, flamenco...: o flameco que retrata a turbulência à época da inquisição; a dança e música flamenca que escreveu vários "poemas trágicos", na fumaça da fogueira da inquisição espanhola, com torturas severas para mouros, ciganos e judeus. Quiçá, isso esteja na dramaticidade do canto e dança flamenca : alma da tragédia, pós-Grécia antiga, mas em festa ( "bulería", bulerias), um pós-tragédia ou tempo trágico, abordado na filosofia de Nietzsche, que era outro "violinista ao telhado", no azul aberto por Chagall durante a Segunda Guerra Mundial : um anil respirado pelo violinista azul, que Nietzsche também o era, ainda que sem o saber e, com suas teorias, alimentando o nazismo em sua megalomania ). Há um resquício ou rescaldo de dor no flamengo: dança e música dramática, com guitarra e castanholas.
A dança ( de São Guido! (São Vito ou "do-ença" ( semiologia, semiótica para médicos)? : coreografia viva, no mal (diabo, demônio! de Parkinson?) ) tem sua normas ( gramaticais, matemática, jurídicas, tácitas ou geografadas, geoglifadas no corpo e nas vestes para o corpo e adjacências para obra de coreógrafo: coreografia).Existem normas para todo tipo de dança e elas nascem do anseio popular ou erudito, dentro de uma norma, que a torna racional, como tudo o que provem do ser humano. Mesmo os ditos irracionalistas, a exemplo de Nietzsche, são, por ironia, racionais, radicados na razão.São agrupados tecnicamente, por uma questão de entendimento do pensamento ou da orientação da "razão", entre os irracionalistas ( irados! : iracundos) , porém não entre os irracionais, baixo o Cão Maior e Menor a rutilar.
Aliás, o filósofo ( Nietzsche, Aristóteles, Platão ), principalmente, não é outra coisa que racionalista, por menos que o pareça. O objeto ( direito, indireto, de estudo ) que "estuda" ou põe em desnudo, na linguagem da ciência, o método e modo como encara e encarece tal objeto e usa finalidade é que o faz levar a pecha de irracionalista; isso se faz também com o fito de dividir os tipos de filósofos ou o contexto de seu pensamento ( contexto interno e externo ao filósofo, o qual externa o contexto interno em sua obra, que é sua biografia intelectual).
As danças populares são mais simples, de uma singeleza tocante, sua gramática ( norma ou princípios da razão que a informam e formam) são mais singelos, menos elaborados pela razão ao modo de Kant ou Aristóteles, que leva a racionalidade ao cume, ao ápice, à cúpula, avistada no Domo (Duomo), com a cúpula, de "Santa Maria del Fiore", obra de Brunelleschi, o arquiteto italiano, que atingiu a culminância em arquitetura.Ele, o arquiteto , por excelência. ( O termo, léxico, Arquiteto, significa governo de quê? Aliás, a palavra governo é mais ampla em suas raízes do que se imagina!, ou o imagina o vulgo. )
A dança é uma ciência e enquanto ciência, no ato, antes do fato, ou durante o ato ( em-ato) "enfatizado" no fato ( ou no ato de fato.É árduo, tarefa árdua, discorrer sobre o conceito de ser presente-presença em função de ser em virá-ser ou vindo-a-ser, existente-imaginário, na boca e em digestão no tempo e espaço, que é tempo transformado pelos atritos...) é uma em suas inúmeras linguagens, mas se manisfesta em várias linguagens, conquanto seja única em todas as línguas; suas linguagens são adequadas ou se adequam aos objetos que a ciência dá enfoque; eles, com seu desenho ou figura ( geométrica ou não geométrica) molda e é o molde da ciência no objeto : o objeto modela cada linguem, constrói jargão, jergão, lexicografia própria, terminologia cientifica específica, elabora seus verbetes, seu glossário, busca seu étimo ou funda com neologismos sua etimologia ou léxico. Seu dicionário ( onomástico, linguístico, filosófico, jurídico, enciclopédico, científico ) e sua nomenclatura
( binomial em latim de Lineu ) abastece, provê a língua vernacular e outros idiomas construído para o pensamento e a onomomástica. A dança ( clássica) também é assim; aliás, toda atividade humana é assim ( ou "assado"?_).
Cada objeto requer a construção e um projeto arquitetônico ( de governo da construção ou da mole ) para a ciência a fim de facultar o estudo o objeto, o que depende de uma gramática ou conjunto de normas técnicas, jurídicas, gramaticais, matemáticas, filosóficas, ao mesmo tempo e para por em-ser em-sendo e em-foi-ser-antes, no pretérito agora fictício ou ficção de memória e imaginação, não mais objeto de ciência, ou objeto de ciência e imaginação e memória, não no ser dado, mas no ser em-sendo ou em-foi-ser-de-antanho ( Santo Antão!, me salve! ),no mesmo espaço.
As formas que a ciência assume em módulo ou modo de filosofia são : epistemologia, ontologia, ética, noética, gnoseologia, gnosiologia, etc., consoante o objeto que deforma ( em gravidade ) e dessa "deformação" ou "má formação" ( fetal) "calamitosa", em arte, idealiza o espaço torcido, curvado em corcova.No dromedário?( taxionomia, taxonomia, zoologia, sem taxidermia).
A ciência assume formas as mais diversificadas, consoante soa o verso e o verbo entonado na voz ou à mão desenhando para senóides ( as ondas são senoidais ; o desenho algo geométrico, de uma geometria analítica em parábolas ou parabolar, é senoidal ), que não se ouve, mas se vê no gráfico ( grafoteca (?), grafologia, cartografia...), o odor da "odorata" em olfato, no texto no tato dado pela textura do artista que pinta...; enfim, os modos de ciência, livres da forma da filosofia, no âmbito agora de normas gramaticais, jurídicas, ética, dianóicas, etc, do que, atualmente, se chama de ciência, assume as formas ou modos de : antropologia, psicologia, direito, biologia, entomologia, arqueologia, paleontologia, etc., que, em verdade, são as formas de sues objetos. Tomam, destarte, os nomes de seus objetos, os quais lhe dão o "nous" ou : inteligência.
Inteligencia objetiva e, antes, subjetiva, ao menos no ser humano e, evidentemente, no animal, que não pode prescindir de um interior com cérebro "pensante" ( de um pensar "sentido") para sobreviver.
A vida é uma dança que só para no cadáver ; no moribundo a dança final ocorrre-socorre o ser humano nas vascas da agonia, em rito derradeiro, anunciando, feito anjo de Michelângelo Caravaggio, o nascimento às avessas, que é a morte, ciclo escuro, no escuro do ventre da terra, no retorno à Gaia ( ciência), por onde passa Nietzsche ( para "Além do Bem e do Mal", ou seja, para lá do maniqueísmo simplista ) e todo mundo vai passar, na região da sombra. Passamento.
Prova do que escrevo?! : Começo a dissertar sobre dança e termino com ciência. por quê?: Porque tudo o que o homem faz ou pensa é ciência, em graus, grados, graduação de consciência, inteligencia posta no ato, etc. Se o tema envolvesse religião ou filosofia, ou o que quer que ofereça um objeto virado para o deus ou demônio subjetivo, terminaria do mesmo modo , ou seja, saber : em molde de ciência ou de fazer pensando e pensando fazer ou, ainda, pensando e fazendo e fazendo-pensando. Aliás, Dostoievski faz isso com sua polifonia ou suas idéias polifônicas que desorganizam o caos, que já é o caos, mas ele, com sua arte literária, meslcada ciência, filosofia, religião ou sentimento religioso ( quiçá místico), embaçado com um ateísmo e um deísmo dialético, em perpétua síntese entre tese e antítese..; enfim, em Dostoevski ( Dostoievsky-literatura russa ( Rússia) ) que em polifonia canta em todas as formas e modos da ciência, mas a linguagem não muda de tom ou de forma ( jargão ) ao entrar em relação com o objeto.Ele era, antes de tudo, um artista, um autêntico profeta, um homem pleno de vida e completo...: não fosse adepto fervoroso da dança de São Guido, ou São Vito : a epilepsia, que o vitimava, do qual era vítima.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

VULCÃO - glossario wikcionario wik dicionario glossario verbete lexicografia terminologia nomenclatura etimo etimologia onomastica onomastico sema


Ai! que o violino toca
tristemente
num lamento
numa lamentação de Jeremias
lamuriento
a gemer
- um profeta a prantear copiosamente
ao descrever em versos
versículos
a mais funda solidão em mim!
- que uma musa cava na música...
com melodia e ritmo
e harmonia
no lamento do violino
- às mãos hábeis
tácteis ( a tatear sem titubear
- sem titubeio )
do mísero e esquálido violinista
expresso pela arte pictórica
do pintor surrealista
- Marc Chagall
aldeão eterno
em narcose

O violino toca a corda
mas os dedos sou eu
entrando nas dobras das minhas entranhas
em convulsão dolorosa
chorosa
- soluçante...
( sendo as tais entranhas-estranhas
não exótica planta da aldeia de Chagall
não exótico vegetal
mas nativo lá
onde vive o violinista verde
- bêbado que sou eu!
e o violinista azul-Verlaine
outro tanto ou tonto
que também sou eu
inebriado
quando celeste-cerúleo
a alma do céu cintila
sem mão de necromante
a pintar a nuvem de negro-nublado
à maneira ou em "maneirismo" de Giorgio de Chirico
que pinta o branco-cegante-cegonha-( Maria-sem-vergonha!)
e assim vai tocando a solidão
na textura do escuro
e no olhar que espreita
entre edifícios pomposos
mas macabros
- mais macabros e maus
quanto e quando transparentes na alvenaria são
espelham e estão
porquanto na mole daquelas construções
pintadas-arquitetas pelo artista soberbo
até as pedras de cantaria
cantam!
- cantam em cantaria
ao sentir profundamente a solidão
como se pedras fossem homens
descobrindo a sensação de solidão
que é mais vasta e escura
que o betume...
- bitume no bar nublado
em plúmbeo-passeado-pesado no chumbo
pelo céu espelhado n'água da fonte de Narciso
- do Narciso morto
a mirar a obra de cantaria
com olhos vidrados
e ouvidos moucos!
- que rouco e o canto
e o cantochão

A mole do edifício de Giorgio de Chirico
a espiar solene a solitude
no espião que passa
no passo parado do sapato preto
guinchando
a mutuar o olhar
e a solicitar um cabriolé
dos tempos de antanho
das ruas de Londres
onde pairava no ar
o espírito de Sherlock Holmes
a passear de braços dados com o Dr. Watson
de sobretudo
chapéu e lupa pronta
para solucionar mistérios
- casos misteriosos...
fumando charuto
indiferentes à profilaxia
que à época não havia
não assomava do contexto
médico-terapêutico
- boticário?... )

O violino em pranto
choroso
sobre mim
derramando minha solidão
em ouvido ( e em olvido )
em volta da solitude
que espalho
em elipse pelo espaço
tracejando um espaço elipsóide
equacionado
( e colho molho de alho
no olho caolho... )

Porém vi um homem
sentado em solitude
num banco da praça do mercado
- com a solidão pesando sobre ele
toneladas de concreto!
Um túmulo de solidão
era um gravame sobre ele!,
a oprimir-lhe a alma
a achatar-lhe mais o corpo em espaço curvo
- mais que a lei da gravidade universal!
com todo o cérebro pesado de Newton
Em torno do homem
a solidão pervagava
como um frade de ordem mendicante
miserável, misericordioso e famélico
um são-francisco santo
com cisco num olho
e uma trave no outro olho
( Esquerda!, direita!...:
volver!
- ou não vou ver?!...
- com delícia na malícia...)

A solidão espessa
em densidade
enterrava-o em vida
empareda-o vivo!
( Quiçá essa pá de cal-de-solidão dilacerante
- que só de ver ou antever de soslaio
de relance
com o olho a perpassar pela visão periférica
- com olhar oblíquo e dissimulado
de mulher adúltera
ou homem ímpio
incréu do céu
e outro mel
que não o de abelha
- fez-me perceber
que aquele homem solitário
preso de uma angústia insólita
estava a caminho da morte
no derradeiros passos do andar
pois não se passaram
mais de dois meses
após essa visão aterradora
do profeta em peregrinação ( à Meca? )
a olhar e voar com o falcão
peregrino
sobre o ar
e a face da terra
que é a face do homem
porquanto a face do homem é areia
a desmanchar-se pressurosa em água
solvente universal...:
a água que chora e lava
- a lava...: a lava do vulcão
e do vulcanólogo...
cuja face se desfaz
lavada com água mortal
areia que é
juntada e amassada com água
que faz a massa
do corpo vivo
e a decomposição
do corpo morto
desidratado
enxame de vermes
na carne dada aos vermes :
o cadáver

Passado um tempo-tempo
( tempo-em-meses )
daquela visão do solitário
aconteceu-lhe o passamento
- do solitário em solilóquio
assentado no escabelo
sob a pressão da solidão mais grave
que um violoncelo
mais pesada que Gaia
- mas mais aguda que um violino no fino
incontinenti pranto
Veio a ele a morte lúgubre
- sinistra
e ele se foi só
tal qual chegou só
agora ao encontro do escuro
sem olhos para ver
- olhar para não-olhar...
nem tampouco mutuar
ao olhar outro olhar
suplicante
supliciante
- olhar que vai e vem
no dia claro
solar
ensolarado
matinal
vesperal
vespertino
- na vespa em xadrez de preto e branco
a revoar e zumbir
no bater-tambor também com asas membranosas
que doa o que o ritmo soa
na envergadura mínima
de um frade dos mínimos
( A morte o repôs no escuro
no caminho do Livro dos Mortos
pisando signos escritos
e símbolos desenhados
para a cartografia do livro
o qual é um mapa
que leva o morto
a um bom e seguro porto
sob o comando de Anúbis
ou outro ser divino
não-zoológico
nem entomológico
como o escaravelho
outrossim selo real do faraó )

O homem infeliz
era atribulado pelo demônio da paranóia
o sádico e masoquista ( sado-masoquista)
espírito santo ou de santo
que anima com sopro de oboé
o santo louco
que se entoca em tebaidas dentro do ser humano
- um cenobita
um anacoreta
um eremita
um misantropo
um ermitão-barbão
tipo barba-negra ou barba-roxa
( um caranguejo-eremita )
- um ser para retornar ao nada
ao vale escuro
aonde opera a morte
a cegar com a foice
- onde não há necessidade de olhos
ou hospital de olhos
mas apenas o olvido
e as águas do rio Letes
- águas sem química para ligação molecular

A esquizofrenia fremia dentro dele
e o atormentava diuturnamente
Aliás, a demência é legado do ser humano
Uns tem dessas górgonas em abundância
já outros não são tão opulentos
nos dissabores do inferno
- que fica no interior do ser humano
Entretanto todo homem ou mulher
traz dentro de si
o germe da demência em dormência
ou potência
- que num belo dia de sol
vai aflorar
no alecrim nativo
em campo interno
terno

Solitário e em perene monólogo
aquele homem amaro viveu
( ou veio a vegetar à sombra
que o inseto projeta
no mínimo projeto de pétala e sépala
- no menor espaço-tempo botânico de jardim suspenso em flor
com catapulta para projétil balístico
cuja bala-bola é a semente )
com sua solidão temperada
com o molho da psicose
molhada ( assim em rocio sereno
na madrugada galante
vivente na madresilva
ouvida no madrigal
cantata
serenata )
- solidão mesclada com tragédia
e a comédia
que a demência descreve
passo a passo
até os braços do palhaço
onde se vai cair!
- decair
sem asas de anjo algum
apenas com as pernas em decadência
e a apnéia que vem
a dispnéia que vai...:
- vai matar!
( A demência
esse diabo
deixa o homem nu
e abandonado às intempéries
- sem lar ou qualquer abrigo
à própria sorte
- se há sorte
ou sortilégio
nesta empresa
de puro
arisco
risco
do corisco...:
cisco
no olho do céu aberto
do abeto
( "Abies alba") )

Ele era companheiro da Insanidade
e sua casa
- a casa quebrada de um tresloucado
de um insensato
- Sua casa :
a Nau dos Insensatos de Brueguel
a morada do insano
que nem possuía o "dom"
de beber absinto
e perecer com Paul Verlaine
às tontas à beira do abismo
- ou quiçá de Sá ou de Sé
(não sei! - Sei lá! )
abalar-se penhasco abaixo
atrás dos baixios
da várzea
tal qual fez e faz o poeta de alma em punho fechado e em riste
temerário ser humano
que tem a coragem de um menino cândido
a imprudência de um adolescente incauto
ao viver de forma periclitante
para a saúde e o bem-estar
físico e social
em pura dança com o verso
no amplexo da valsa com a poesia
que é a vida mesma
que não precisa ser escrita-descrita em ciência
pois é onisciente a vida
- vegetal no encantamento
de um Paul Verlaine cadente-decadente
à orla de um paul
- com perna-de-pau na saracura
e no palhaço que é :
"ladrão de mulher!"
quando sobre as pernas-de-pau
de uma ou duas não-saracura
( não-saracuras! )

Um pirata em drama cômico
- eis o palhaço!...:
é o que é
e não é um vitupério
nem um império
romano
ou romanesco
conquanto o pensem
os palhaços que não o são
em profissão de fé
- Fé!... )

Quando ele faleceu
( septicemia? )
o violino requereu
um concerto só para violino
- concerto em dó maior para violino solo
num Stradivarius do universo vivo de Paganini
- um Stradivarius tonto
ou vários Stradivarius tontos de sono-de-museu
sonhando com a baqueta
e de ser dedilhado por um virtuose
sagaz
fugaz
como o gás
( como o gás?! :
Etano, metano...
- não,
não como!,
mas cheiro o gás nobre :
hélio molecular
- O sol é basicamente hélio
após a fusão do núcleo do hidrogênio
que é o gênio criador de vida
( o hidrogênio ou gênio criador de água
- engenho de água
mas não mágoa
que é uma má água )
e o hélio
um deus-sol de verdade
este nobre gás,
ó Heliodora
que adora e se odora
- "odorata!" adorada!...:
Flor-de-lis nos campos gerais das minas gerais
gerada depois da fusão do hidrogênio
e a natividade do Hélio
que dá nome ( inteligencia ou "nous" )
ao sol que abriu em qualquer abril
uma manhã com maçã para Newton
O sol ou Hélio
um menino como outro qualquer
- outro menino-Jesus... - de Praga
sem praga
mas das estepes
com abelhas
ainda por cima...
porquanto abelhas "andam" por cima
nas cabeças
- sobre as cabeças calvas ou em cãs
cor de lã caprina
- Caprina!,
ó "Cedrela odorata"!
com serenata sob o sereno sereno da madrugada
em madrigal de madresilva
- que não é minha madre! ,
Aglaia odorata,
murta-do-campo...)

Oh! a lamúria
o som lacrimejante
o choro de um violino!...
Ah! um violino!... :
- um sorumbático menino
nas Quatro Estações de Vivaldi
em Tchaikovsky
Mendelson...
( Elegia,
- quão soturna elegia! )

domingo, 19 de fevereiro de 2012

IGONÓBIL - etimologia etimo significado wikcionario wik dicionario etimo etmologia significado significante semantema sema semantica


Na matemática, o princípio de identidade impera na equação.Esse ato mental-matemático refoge á doutrina dual ou sistema binário que grassa no senso comum e se socorre do princípio da contradição, espelhado na doutrina do maniqueísmo, tese do senso comum que pervaga pelo o foro cientifico, porquanto é uma doutrina originária da religião, quando esta se torna grega e, consequentemente, filosófica, indo da onomástica pura e simples ao complexo jogo de xadrez dos conceitos e definições.
O princípio de identidade que prima na expressão em forma de equação, em linguagem matemática-algébrica, compara-iguala, põe a frase matemática gramatical que aponta o sujeito e o objeto em relação de igualdade presumida, conquanto, se o pensante se esquecer do princípio da identidade e buscar asilo no princípio da contradição, a operação lógica perde o foco da relação entre o subjetivo e o objetivo e descamba no que o senso comum tende a colocar como objetidade ou : que a equação é uma forma de lei ou hipótese natural ou para-natureza que iguala dois objetos. Isso é irreal, surreal ( de um surrealismo objetivado em pintores expoentes surrealistas, máxime em Salvador Dali, Joan Miró, Giorgio de Chirico e Marc Chagall ( wikiquote) ) , pois não se pode igualar jamais, no tempo, e no espaço geométrico interno e externo, ( artefatos abstratos que formam a mente humana são essa dupla geometria interna e exterior ou exteriorizada pelos sentidos. A geometria euclidiana é um artefato interno, que usa a "mão-mente" e externo, que usa a mão-olho-mente" pela extensão da textura do corpo : é a concepção do espaço no espaço externo e interno, que se subjetivam através da percepção do espaço em mutação ( não-genética, nem em memes ), mutação essa que compreendemos como tempo, temporalidade, que é, em última instância, um espaço incipiente aberto ), porquanto sem sujeito ou subjetividade não há objetos e objetos não se relacionam com subjetividade, ou seja, é o sujeito com mão, mente e olho ( e demais sentidos) que se relaciona com eles, os objetos. No máximo, os objetos cumprem funções, que observamos como matemáticas: função matemática ( a surrealidade da matemática, da ciência, enfim, e não apenas com uma das suas linguagens, contrasta com a realidade que pomos no objeto pensado e depois lançado nos espaços internos e externos, por via da geometria, que analisa e desenha esses espaços mútuos. Aliás, o princípio da identidade, posto pela ciência, é um princípio cuja função precípua é mutuar, um reciprocar rítmico entre o sujeito que cria a contradição com o objeto e, simultaneamente, põe no ser que põe no mundo lançado de si, o princípio da identidade, identificando-se com o objeto na relação que desperta o real e o surreal : um surrealismo doutrinário e sem Freud ).
Os princípios basilares da razão, os quais dão a inteligencia do mundo externo aos sentidos e do universo interno à razão, no homem, que assim começa por cindir o mundo, ao conceber o conhecimento-aporia do ser e do não-ser eleata e do ente originário do fenômeno, entabulam um diálogo peripatético, antitético ( dialético ), cínico, estóico, historial, enfim, entre o sujeito falante-pensante e o objeto mudo-e-quedo ( objeto que às vezes é inquietante, quando sujeito e objeto, a um só tempo, na relação de alteridade ).
Esse fértil e crescente dialogar e pervagar em advento ( adventício), pela "Mesopotâmia", é colocado de forma algo simplista e até simplória pelo maniqueísmo, que representa o senso comum quando absorvido apenas no sentido restrito de doutrina da e para a religião, numa escatologia de confronto entre o bem e o mal, sem a intervenção benfazeja de Platão (wikiquote) na história filosofada em senso comum ; todavia, se a maniquéia ao menos simbolizar a peregrina necessidade do ser humano de entabular relação consigo e com os demais seres que recebe ou percebe como entes e emite ou lança ( objetos) como ser ( ou "coisa" abstrata-geométrica posicionada em terra ou em geo-posição, "geo-topologia", "geo-toponímica") através da linguagem, que constitui o objeto específico e formal da ciência, a qual é una, tal qual o ser do eleata ou da escola eleática de Parmênides de Eléia, Elea (wikiquote ), mas adstrita ao objeto-subjetivo, subjetivado, que cada linguagem modela com seu jargão específico, o que dá a ilusão de inúmeras ciências, conquanto na realidade são várias as linguagens contextuais que se amoldam ao objeto em sua circunscrição a debuxar uma geometria, cujo fito é achar caminho em espaço e tempo para nutrir o entendimento, esculpir a sensibilidade e a razão, que redesenha e redefine a sensação pelo ato subjetivo, que tem a tendência de se emancipar dos sentidos externos e criar os sentidos internos na geometria com seus teoremas, postulados e axiomas ( e corolários à Spinoza?) que estudam o espaço e o que há fora do espaço geométrico, que é o espanto do vazio, visão ou visualização do não-ser na não forma e não conteúdo, pois as figuras geométricas, que são ideias platônicas postas ( eis o ser!, num dos seus complexos momentos de simplificação ), ao menos preservam a forma na figura, no desenho conceptual da ideia ("eidos", "oidos" parece uma voz próxima a chamar a palavra ideia; mas apenas parece : pode não ser. Sem trocadilho ignóbil!).
Com efeito, há um conteúdo energético na forma da ideia : o pensar é uma atividade cerebral que demanda energia elétrica, dentre outras forças, energia essa que é um conteúdo ou tem conteúdo material, consoante se lê na equação de Einstein-Planck ( wikiquote), a qual exprime a equivalência de energia e matéria, que são periódicas ( momentâneas : momento atômico ou período de existencia do ser-ente atômico : o homem em partículas e subpartículas, menos que oum corpúsculo ou organela celular ), assim como os átomos existem em determinados momentos, ou seja, são periódicos e estão, por isso, na Tabela Periódica dos Elementos, do sábio Mendeleev-Mendeleiev ( wikiquote), que prova a existência objetiva do tempo, pôe o tempo, definitivamente, como objeto, e não apenas como uma leitura subjetiva da realidade fenomênica, consoante Kant ( wikiquote) e principalmente Shopenhaer ( wikiquote) , dois gigantes do pensamento e da filosofia. Senhores de muita razão, erudição e sabedoria vasta.
O espaço surreal ou surrealista tem raízes oníricas; aliás, o espaço concebido pelo ser humano é uma surrealidade, um dado que a cindir e marcar distância entre os mundos oníricos ( de dentro) e não-onírico ou de fora, com os quais construímos um centauro em talhado por doutrinas. A geometria euclidiana, que na expressão da equação, dá o corolário lógico para o princípio da identidade em desenho e postulada, e a doutrina maniqueísta, que enfatiza ou dá ênfase ao principio da contradição, e, por fim, a dialética que une o ser que repousa uno por esses princípios, comunica a ciência, dada como ser, em concomitância com a unidade.
( A geometria é um pensamento que o morto pode "continuar" pensando no túmulo
( pós-entropia ), uma vez que, insulada do cérebro, sem a energia elétrica ( eletromagnetismo ), que move o o pensamento, as ideias, que são figuradas na geometria euclidiana, continuam a existir ( a ter um tipo de "existência" não-existente, mas essencial, mas não, evidentemente, no mundo material-energético, porém sim em um universo-bolha-paralelo, "portal" para essências pensadas ao interlúdio do encéfalo. Imaginário?)).

sábado, 18 de fevereiro de 2012

PERPLEXA - glossario wikcionario wik dicionario glossario etimo etimologia verbete o lexicografia terminologia cientifica nomenclatura wikiquote


A hermenêutica da lei está "consignada" à vontade do legislador.Lê a lei é ler a vontade expressa do legislador. Ler a lei é ler leitura) ou reler ( releitura) a vontade de quem legisla, pois este ato, o ato de legislar, é um poder outorgado pelo povo, supostamente, "tecnicamente, não de fato, mas sim de direito, que é o que dá validade e legitimidade ao poder ( inenarrável!) de legislar, poder outorgado ao legislador pelos outorgantes ( povo-eleitor, quase polvo com milhões de braços, braçadeiras, a nadar de "braçadas" ou de bruços em algum decúbito n'água. Dorsal ou supina , quiçá ventral ou prona , lateral...: nomenclatura técnica que indica posições tecnicamente descritas no direito penal e na medicina legal, dentre outros ramos da ciência; não da ciência jurídica ou da ciência médica, mas da ciência, que é una e, consequentemente, une o direito à medicina, á filosofia, à matemática, enfim, unifica o corpo "científico" ou "corpus aristotelicus" num só corpo, à moda da citação de Cristo, - num só organismo lógico e vivo, cujo fruto é o ser e a fruta o ente, pensado como ser ( "logos-lógica" ) e pescado como ente, à mão que executa a arte da ciência, pois ciência sem arte ou fazer não é ciência realizada ou posta na realidade ou naturalidade
( em-natureza com beleza : o belo talha o homem, a mulher, pois é o ser humano que se descreve no que esculpe com hieróglifos genéticos-meméticos em "hieróglifos" e "demógrafos" políticos ou geopolíticos, estendido do indivíduo à "corpulência" ou "corpanzil"
social ), ciência alienada do ser que desce ao mundo que descreve ao ente que esculpe, pinta e borda da arte plástica ao cinema, tudo realização da ciência ao se alienar no mundo enquanto não mais pensar, excepto na filosofia que retoma o caminho dialéctico da "desalienação" ao pensar criticamente a alienação do pensamento ou ser do homem no ente feito ou "refeito" artisticamente, nas artes e inventos, pelo ser humano ).
Essa "vontade" legal, instituída, do fundo do indivíduo, dada a outro indivíduo "ungido" para isso com o voto ou ex-voto, ou o que seja, na simbologia comunitária, é hierarquizada politicamente, é óbvio ( tudo que concerne à sociedade, em sentido lato, é política, diz respeito ao étimo ( etimologia ) que designa o termo e o significado de "Pólis", voz grega para "significar" cidade, cujo vocábulo do étimo latino "civìtas", "átis", em baixa latinidade; em contexto grego histórico ( historial) e linguístico, filológico, filosófico, cientifico, enfim, que a ciência não é de hoje, conforme pensa o vulgo, em senso comum, mas sim já repousa na língua há milênios ( e age pela técnica há muito, desde os primitivos nas cavernas a produzir artefatos bélicos e/ou domésticos ) e está descrita no vetor de orientação bíblica ( Tanackh, tanach) e nos textos em sânscrito sagrado e profanos, se se considerar a epopéia de Gilgamesch texto profano, mundano e não sacro, assim como a qualquer texto "consagrado", mesmo de um poeta recente como Drummond ou Verlaine, dentre outros profanadores ou iconoclastas radicais, se se comparar com eles os "fundamentalistas" tradicionais, os conservadores empedernidos, os cães de guarda dos valores tradicionais, enfim, que são tão necessários quanto toda a iconoclastia bárbara dos iconoclastas mais ferrenhos, tenazes, ruidosos, filhos de vândalos ou que trazem no sangue aqueles bárbaros ou nos atos a sanha destrutiva daquele grupo étnico ).
A hierarquia, que é o esboço ou a planta do arquiteto que, no concreto ( em duplo ou quíntuplo, "óctoplo" sentido. Octofilo, octopétalo, octostilo, octopódio, octópode... ), vai se realizar sob os cálculos estruturais do engenheiro, cuja função é por o desenho geométrico ou formal do arquiteto em matéria ou conteúdo material, ou seja, concretizar o abstrato, no mundo das estruturas pensadas e realizadas tecnicamente, sob elucubrações técnicas-matemáticas e realização manual-tecnologia, com a mão e a mente e computadores pensando-calculando-
parametrizando em algoritmos a comandar os artefatos construídos pela tecnologia, que é a arte e ciência de pensar e fazer debaixo das equações; a hierarquia social, cujo símbolo arquetípico, quiçá universal, é a pirâmide, é a um tempo e no espaço físico ou não-físico, mas "metafísico" das figuras geométricas, que são ideias transcritas em formas "puras"( quem diz "água pura" olvida os sais minerais que se dissolvem neste soluto-solvente dito "universal" que é a água, e, destarte, abstrai o corpo concreto da água numa equação, ou numa poesia, num conceito ou palavra para "água" que afasta em si, em sua função circular-vocabular os sais minerais presentes na água, que não é somente o químico conceito-molecular de H2O ( uma molécula de hidrogênio para duas de oxigênio ), mas, na interação, algo que não cabe na palavra "água", que extravasa a concepção química; enfim, a água é um complexo aparentemente e realmente simples, na forma que o paradoxo toma na ciência. o paradoxo é o travo de um mundo à uma linguagem ou das várias linguagens e línguas em relação-função e tradução simultâneas e sucessivas e espaciais, quando se pensa na geometria quase afastada ou aparentemente livre do contorno do tempo nas figuras tracejadas à mão ou à mente, na "pureza" cândida da mente humana, desconsiderada as energias que as "sujam" na relação do cérebro-eletricidade-eletromagnetismo-química-cerebral orgânica e inorgânico..., enfim, o complexo do simples, que o pensamento isola ou abstrai ao constituir o ser em plano arquitetural ou em engenharia de ser e não-ser-sendo ou a vir-a-ser pela via do ser, que é : e é o verbo, desde o princípio, consoante se lê no Evangelho dito de dum João, que carrega a tradição de um nome de um profeta grande : o Batista que batiza e depois "anabatista" na instituição anabaptista ).
A hierarquia e a política ( o sagrado governo, ou "hierarquia", ou governo, comando de um sumo sacerdote, em escala humana, e arcangélica, no caso dos anjos, que são hiper-espécies "geométricas" na figura, mas sem o "geo" para terra, de homens, ou seja, anjo é o Adão sem terra, que pode ter alguma relação historial-antropológica-hierográfica-hieroglífica com o histórico-anedótico-lendário "João-sem-Terra" que, nada tem como os sem-terra em palco e ato das lulas no governo e, ao mesmo tempo tem, em algum contexto transcrito da história para o rito da peça presentemente representado pelo povo e pelos políticos : aqueles que hierarquicamente (de modo sacro, sacrossanto, sagrado, sem ironia, mas em contextualização global do termo ( terminologia ) para "pólis" grega que ganha outro vestuário e nova voz consoante as costureiras e alfaiates do tempo debruado historiograficamente e de fato, sem o "direito" ou "estado ou contexto de direito" ou pensamento jurídico, jurígeno, presente no pensamento que é também filosófico e psiquiátrico, enfim, holístico, nas relações que permeiam o direito e a filosofia, porquanto o que é de direito é de "filosofia", mas não é de fato, senão após a função técnica de por o ser no mundo, num parto de artefatos ) comandam seu estado, conforme quer o povo ou não, dependendo das necessidades dos indivíduos que entram na formação étnica-cultural do aglomerado espacial-temporal ( geográfico-geológico-"periódico", no sentido em que os átomos existem em corpo espacial e temporária na Tabela Periódica dos Elementos" do sábio russo Mendeleev-Mendeleiev ) daquela "massa" que costumamos denominar como povo ou grupo de indivíduos não elitizados, não como anão de cúpula, ou cortesão, mas na base da pirâmide do velho faraó, cujo anel tem o símbolo vital do escaravelho.
( O vocábulo "massa" tem um sentido contextualizado consoante a linguagem em que esteja inserido ou na qual se expressa ou exprime uma concepção de objeto ; guarda as sutilezas de cada linguagem em que se exprime e as respectivas experiências e interação de objeto-linguagem na relação da ciência : é uma na física, a mesma na na química, mas com a percepção da ciência naquela disciplina da razão em Mendeleiev-Mendeleev, outrossim no direito ( "massa falida") ou na ciência política, na gíria e mesmo enquanto entonada na forma de interjeição ou em locução interjetiva, porquanto a linguagem é o complexo que absorve ou abocanha o complexo com o máxima de simplicidade, clareza, precisão e concisão, princípios que orientam a escrita e o escriba, evidentemente, pois quem deseja ser lido tem que conglomerar em seus textos esses princípios originários da razão humana; aliás, todo princípio filosófico posto em num código linguístico ou de sinal é originário da razão humana ). A vontade do soberano ( político, sacerdote ou outro ) é "soberana", está acima da volição imaginária do estado, que é um ente abstracto realizado em instituição e por leis, posto pelo direito positivo, ou leis, pois estado não existe, não é fato real, mas apenas jurídico, não está na existência senão como metade ( meio centauro ), ou seja, de direito e não de fato, pois de fato e de ato ou atos vive ou existe o homem, enquanto indivíduo em vida ou na corrente da existencial. Existir de direito ou no direito não é existir de fato ou e natureza, senão quando haver o encontro ou intersecção da idealidade contida na hipótese de incidência do direito como o fato ou ato humano em natureza ou e realidade, algo dado no real como fato ou "história" de ato consumado ( pretérito, ainda que de um passado "quase" presente, à boca do presente e dos presentes que presenciaram o ser que passou, ocorreu e desapareceu ou reapareceu em signos-símbolos no ato registrado, descrito : ciência, arte : ciência-arte ou tecnologia, artefatos, mas não ser, que depende da presença do tempo, somente é "ser" no tempo em que se apresenta, não nos tempos verbais, que exprime essências ou pensamentos, ou memórias, ou imaginação, mas não presença em tempo que atua : quando o tempo é o ator em ato teatral-social ou natural).
O direito somente se torna positivo ( lei em sociedade ou cultura ) quando ocorre a subsunção da hipótese ao fato; então o direito se põe ( positivo) na existência como um ente abstracto-concreto através do efeito que o fato descrito em hipótese legal passa a ter. Esse encontro de direito ( hipótese de lei ) e fato é que põe ou aliena o direito, enquanto pensamento, hipótese humana, como tese ( ser, posição, no sentido que lhe confere o filósofo Kant ) no mundo dos fatos, na sociedade, enfim, e que constitui o "corpo " ( "aristotelicus") do estado ( de direito, como querem os nefelibatas ou jusfilósofos arrebatados do mundo e dos pecados do mundo, os quais sobrevivem sob a graça de vender livros e dar aulas românticas ou românicas, quando céticos-cínicos-epicuristas-eleatas...: o mundo não é deles, nem tampouco os pecados do mundo ou as utopias do falastrão, do histrião, do bufão...do parlapatão e do parlamentar, outra palavra com raiz para parlapatão).
O direito ( pensamento ontológico, locução tautológica ou radicada em "pleonasmo" grasso ) vem de duas vertentes : profana e sacra. Porém é originariamente concebido sob a forma sagrada, daí as expressões "hieroglifos", hierarquia e outros cognatos ou palavras cognatas. No Tanackh ( Tanach ) sua forma sagrada tem eco nas palavras de Jesus ( Jesus Cristo enquanto evangelho e não homem ou ser vivo, mas ente de pensamento e história ou mito, fábula, anedota, enfim, de ficção literária-científica-sacra ).
Na frase de Jesus em que consta a expressão, que evoca o "Tanackh": "...a lei e os profetas", ou seja, o "espírito", sopro, vitalidade, da lei, nos profetas, que sopram suas trombetas de vida ao respirar, ou seja, enquanto seres, ou entes naturais vivos, no tempo, atuantes , expressão que parece reportar ao conhecimento conceptual, imaginariamente, de um Tanackh concebido pro Jesus, conquanto a expressão ou palavra para designar o que denominamos como "Tanackh", seja, provavelmente, consoante os eruditos, de origem medieval, da qual Jesus não teria, obviamente, conhecimento, porquanto era palavra apta a nomear ou dar inteligencia a atos e, posteriormente, historialmente, fatos medievos, dos quais Jesus não poderia saber, exceto por meio de uma teologia imaginária ( ou real?) de onisciência de Jesus. Todavia, a citação da lei e dos profetas ( esquecendo os "escritos" ou os colocando com os profetas, que escreviam ou cuja vida fora descrita por escribas) já demonstra que o judeu, ao menos o Jesus evangélico, ou o escriba do texto evangélico a por a locução nominal-noumenal ( numenal) na boca de sua personagem fictícia
( o Jesus dos evangelhos canônicos; aqui há uma tautologia, pois toda personagem é fictícia, mesmo quando é personagem em sociedade ou rito social, mesmo porque a sociedade é um teatro ou o teatro de fato : ou o paradoxo do fato-fictício a aturdir a ciência arrepiada e perplexa nos homens que a pensam. A linguagem é uma circunferência que se fecha em tautologia. Hermetismo tautológico. O círculo é a forma conceptual da tautologia, ou redundância, figurada, ou em imagem do espaço limpo de matéria, que não seja o resto do lápis que desenha a forma ou ideia geométrica ou do pensamento que concebe o triângulo ou a circunferência com um resquício de energia elétrica nos neurônios, que os descreve e pensamento, sem desenhá-los, mas apenas ao imaginá-los ).
No grego, na graça ( e praça ou "Ágora" ) da "Pólis", onde se cria a política, inevitavelmente, necessariamente, devido ao conglomerado de interesses e necessidades oriundas da população, ou em função do aglomerado, e, notadamente no latim, com a cultura romana de império, ou empresa, empório, o direito se abre ao profano, na democracia grega e na república de Roma, pela via nada Ápia do cinismo, estoicismo e outros pré-cristianismos filosofantes, mais pensantes ou racionais que o cristianismo, que se radica em paixão fervorosa, fanatismo ou senso comum, na mistura das águas do riacho a transportar areia e sais nas águas em relação cósmica ou telúrica.( Seria o cristianismo um rito dionisíaco ao contrário, assim como Nietzsche foi um irracionalista cristão antípoda ou antitético?! ).
Sob a volição do legislador sobrevivemos em política, na "Pólis" ( dentre os muitos, inúmeros, a contar no censo ), "Pólis" política que já não é somente grega, mas gregária, após o creco-romano, "El Creco" e outras volições apanhadas em doutrinas. sob norma culta ou ignorada, subliminar e muitas observações em entrelinhas sobre o escopo ou desidério do direito ou a doutrina do ato e do fato, na fenomenologia nossa de todo dia, amassando o pão do padeiro no dente são e o filé "mignon" no dente podre, que o dentista ( odontólogo ) tratou sumariamente.