quinta-feira, 22 de agosto de 2013

PROVECTA(PROVECTA!) - wikcionário wikcionario verbete

Cobra Urutu Cruzeiro
Sugiro a Deus,
se é que Ele continue a ser elencado
entre os seres,
- que reinvente, recreie-nos!, crie, recrie - o tempo,
modificando-o, inovando-o no ovo,

( No ab ovo e - "abre" ovo! )...
- Sugiro!,  enquanto sujeito,
que o tempo não seja mais algo fixo,
porém um portal aonde possa passar o ser humano
- portal de entrada e saída
de um mundo que foi real
e continue sendo-o na senda,
na venda, no escambo, 
no amor que arrepia...
ao bel prazer de cada um
que vá e venha em revisita
a um tempo antigo que retorne ao cotidiano,

que vá  a pé, agora e hoje,  ao pretérito
e do passado ao hoje e agora
seja um passo
ao paço,
porém não enquanto e apenas 
as penas de uma memória nostálgica,
mas íntegro, completo, 
com todo o seu cosmos,
plexo, nexo, sua complexão e compleição,
a qual fornecia corpo e alma,

espaço e tempo,
para todos aqueles seres humanos
abrigados na casa daquele tempo
em que o templo, agora em pó,
a consonar com a profecia,
estava em pé com pedra calcando-o
e ao pé  do tempo

e da escadaria que corria ao templo
feita(o!?) criança efusiva.

Templo no tempo, então,  em retorno pleno,
na categoria substância,
que sustem a tese de Aristóteles.
Templo no qual se ouvia recitar 
( e se pode ou poderá ouvir 
a qualquer instante)
o arcanjo e o serafim
em preces sem fim
- com récitas para três violinistas azuis-miosótis
e dois violinistas verdes-rãs,
com face no anfíbio,
no sátiro, no fauno...

 
Sugiro à divindade 

que eu possa visitar,
revisitar,
o tempo em que meu filho e minha filha
cabiam no espaço emoldurado 

das teias de teses que a aranha esqueceu de arranhar,
- teses, em tese!, de susbstância temporal
que os vestiam com tez de crianças
e eu com um capote de pai inexperiente,

pele incipiente...

Faço esta sugestão,

que é uma eufêmia,
ao Ancião dos Dias :
que eu possa retomar o caminho
( ou ir ao sapato!)
da casa paterna e materna
como quando eu era criança
e podia conviver com meu pai e minha mãe
naqueles tempos de antanho
com fogueira de São João a queimar
e estanho a espocar seu grito de lata
( o grito do estanho no quadro 'O Grito"
- de um Munch boquiaberto
entre a corrosão da ponte
e outras ligas metálicas
que não possuem o metal cassiterita,
de onde vem o óxido originário do estanho).

Liga metálica e não-metálica
de estanho com estranho!,
sugiro ao senhor Deus dos homens justos,
dos homens de bem,
dos virtuosos arrolados em Ética a Nicômaco,
da lavra do filósofo estagirita,
( quão presunçoso sou e solução na solução!
- que tudo apaga com rasto d'água)
que o tempo soprado no oboé da bolha
- como melodia da infância,
insuflada pela oboísta-criança,
crie, recrie, recreie com o universo-tempo
aonde possamos trafegar,
trafalgar, quiçá,
antes que o demônio no homem
tome pé sobre as cristas das ervas escarlates
derreadas no sangue derramado inutilmente
pelo punho-punhal em serviço nas aras,
porque ruim o ser humano é
e tão nocivo
que o santo
é sua pior forma de perversidade
-  hedionda!
( Hediondas suas ondas senoidais!
O que não é de onda!...
mas de loca
onde se esconde a louca moréia,
sob arrecifes, restingas:
escolhos que não  escolho
olho no olho,
dente no dente...dentina!).

Sujo sugiro ao deus dos totens e tabus,
dos caititus, das urutus , dos urubus,
porém não do que o arcabuz
busca
no rastilho da pólvora
- em polvorosa!
( Goza e glosa
a morte de um grande diabo
que está no mundo
e é o mundo no giramundo
e no redemoinho que enreda
o vento moenda na moenda
- dos glosadores!);
sugiro  no giro do redemoinho
d'água e vento,
ao deus do redemoinho,
ao velo velho do vento em espiral...
- a estes com dez denários, enfim,
sugiro, por mim e para fim,  esta hipótese :
que o que nos enfileira em leva de prisioneiros do mal
é o grande diabo que mata
quando nos esgueiramos sorrateiros na mata
ou nos protegemos ( e aos genes!)
sob a casamata com paliçada :
ele, o grande diabo,
dá-nos, aos dentes viperinos,
uma dose do mal
que nos envenena
e leva o próximo a morte tóxica :
hemotóxica, neurotóxica.


O estado de direito
ou sem direito : de fato, 
é o grande demônio
devorador de homens.
Não, Rousseau, o homem não é
de todo mal,
mas quando em   instituição
ou na forma coletiva,
ou seja : em sociedade corruptora, 
o estado é um diabo fora de controle,
que domina e embriaga seus pretensos controladores,
seus políticos e seus pensantes cientistas geopolíticos:
é a polícia que massacra indefesos,
enquanto corporação
ou corpo de monstro sanguinário,
o juiz que age pelo algoz,
o direito que aniquila as mentes
com seus embustes doutrinários
e seu doutos escravos e mendazes,
pois tudo o que é oficial é mendaz :
mente descaradamente tal qual, ou mais,
que a mais mendaz das marafonas.

O mundo é o grande diabo preto e branco
- em preto e branco crucificado no xadrez,
n'álma das crucíferas
cruzeiras no céu noctívago
e na cabeça da urutu
rastejante qual arroio de rocio 

marcadas por patas de rocim com veneno
- e cruzeiro benzido na testa
( essas urutus cruzeiras!
com o sinal da santa cruz
na terra da Vera Cruz em crucíferas)
sob as ervas daninhas
aninhadas na terra chã,
ao rés do chão,
por escabelo dos pés...
de Nossa Senhora,
a Virgem Imaculada
que pisa a cabeça da cobra
no céu radiante.
Nossa senhora!
- dos pés intumescidos
na idade provecta(provecta!).

Entre nós, a nos separar,
não a nos atar nuns anuns,
no meio do caminho do "pinhéu" onomatopaico do gavião,
a alguns passos dos sapatos,
a urutu nos guarda do nosso amor. 

Bothrops alternus no Rio Grande do Sul, no Brasil.
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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

CARTESIANO(CARTESIANO!) - glossário glossario etimo


O riacho corre na terra
e pé ante pé
lava pé
louva a pé
arrasta-pé
lambe pé
de oiti.( O outi
é raiz de ti.
Radícula).

O arroio Lambe-Pé
chora copiosamente ao sopé da montanha
- e da montante à jusante
chora e rola no chão.
Menino traquinas!

Rio é choro no solo
choro alegre com cavaquinho,
puro...puá!
- Chuá! - diz a água
sem mágoa, mansa
- ansata cruz originária de manancial
que entra entranha adentro
sem ser estranha, estrangeira.


 Água é mansa mesmo em torrente bravia
- água é  Jesus em mansuetude de ovelha
ouvido o balido
nas écoglas dos poetas árcades,
conjurados, - mineiros
na corrida do ouro
tangendo pastorais
nas Minas Gerais
das gemas gerais,
do ouro preto,
bronco, branco ouro,
que doura e douro,
ouro recoberto pelo amarelo das minas
em seus filões
naufragados nos galeões
sob um mar de Espanha
sepultados em água
da terra de Minas Mineral : terra mineral,
que bebe e dá à sede
água mineral a beber;
Minas-terra dos organismos minerais,
em geoglifos nos vegetais, animais
e minerais que unifica
- no amor de terra e água.
Amor : fogo de fusão,
faísca, lampejo,
fiat lux,
paixão, pathos, pacto no sangue,
na concepção que aqui se abre
em novo naipe filosófico. Tópico.
Minas do homem mineral,
solar : no céu abobadado, em arco,
na mão do arqueiro
e na terra radicada na abóbora,
nutriz do fruto da aboboreira
cuja cor corta a corda
do quão se pinta e sulca o desenho.
Cabeça de cavaleiro sem cabeça
- em terra! - sobre a terra!

- a abóbora! - avistada da abóbada?!
Minas Mineral do homem solar e telúrico
em queda para o girassol
que bebe sol e devolve céu
- no carbono que sobe

no que respira a planta,
alma da Gaia.

Peso o pé no que pesa a água
que pisa a torre inclinada de Pisa
- campanário ao pé d'água bravia.
Sopesa o tombadilho em fuga
para um surrealismo em luta
com o diabo dali
pesando no pesadelo Íncubos e Súcubos
entre espaços imensos
vigiados de torres solitárias
no espaço sem olhar algum
de dentro para fora:
espaço em obras de Giorgio De Chirico
que fere de solidão a reciprocidade.

À água e ao pé-d'água
acho o profeta
vestido de mariposa
aprestado para a revoada.

É um pé de água
deitado,
em amplexo amoroso-caudal com a terra.
- Sou eu em soro na orla ribeirinha,

o profeta assim João Batista cognominado. 
 
O ribeirão é um homem em horizontalidade,

homens aos pés,
na fluência fluvial, fluminense,
no sono, no sonho, no sexo...

Homem horizontal
acho o homem no riacho
- até que venha o lenho
que produz a cruz.

A chuva é outro ser humano
na verticalidade, pluvial,
em que embarca a barcarola.


O homem é o plano cartesiano(cartesiano!)
em pluviosidade
na vertical ao ribeiro:
um pote que bebe as dimensões
que a água toma

e pensa para concluir que existe
na cruz cartesiana
que forma o homem em intelecto e razão.
O ser aquático-humano
meio peixe, metade homem,
no deus que encarna
em escamas na sereia,

centauro d'água.

A mulher é a cruz cartesiana,
crucífera
onde deita o homem
desde os primeiros vagidos
e  mesmo antes, no ventre,
- e ainda lá está em repouso definitivo

logo após o apagar da aurora...
- da última alva 

indo ao movimento que se desvia do devir
na via "crucis" que vai, vaivém ao nada
empós o nadir.

 
Nadar, nadar, nadar..., marlin,

que este é o fim
esperado, desesperado sim,
mas por vim 
no porvir, enfim.
Nadar, nadar, nadar...
sem natal, 
mas com narval, 
com um cardume de narval...

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